Pular para o conteúdo principal

Computador versus Informação

Certa vez estava eu sentado em meio a um grupo de conhecidos, e alguém, sabendo da minha afinidade com o computador, disse à mim: “Mas você é movido a computador, né?”. Eu pensei um pouco e disse: “Não!”. Pensei em começar a falar de computador e informação, mas não queria me alongar com ela, embora no fundo a resposta formulada, mas não dita,  para a questão foi: “Não, sou movido à informação”.
Agora chegamos a uma bela discussão, diga-se de passagem: Eu, 19 anos, internet. Um determinado conhecido, 10 anos, internet. A pessoa da pergunta acima, novelas. Pode-se ver alguma diferença? Pois bem, somos de gerações diferentes, apenas isso. As novas gerações se mostram mais ativas, participativas, produtivas e principalmente, mais curiosas. A curiosidade é a fonte de tudo. Estamos todo o tempo observando, analisando, formulando teorias, teorias, que tragam respostas e possam satisfazer nossa curiosidade. Junto com a curiosidade, vem à necessidade de se produzir informação, alias nunca se produziu tanta informação como se produz hoje. Mas parece que não basta produzir, temos que mostrar o que somos capazes de fazer, compartilhar, queremos reconhecimento, conquistar nosso próprio espaço.
Agora vamos unir tudo isso: Curiosidade, vontade de produzir e compartilhar informação e tecnologias para transmitir informação. Pronto, é tudo o que queremos e precisamos. Exemplo disso, o Twitter: O surgimento deste site revolucionou a velocidade de transmissão da informação. Vamos voltar ao exemplo do eu, 19 anos, internet; uam certa criança, 10 anos, internet, e analisar o seguinte caso: através do Twitter, ele escreve “Estou indo para a praça..” segundos depois eu leio em um celular a informação. Detalhe, esta informação pode ter sido compartilhada instantaneamente com centenas de pessoas. Eu escrevo: “Estou inspirado escrevendo este texto no meu quarto”. Mais centenas de pessoas receberão a informação. E tudo isso em questão de segundos! Percebam a quantidade de informação que podemos criar em um tempo extremamente pequeno, e a velocidade de transmissão desta informação, comparada aos meios anteriores como correio, por exemplo.
Neste caso, ficamos horas na frente de um computador, e os mais velhos, de gerações anteriores, não deixam de expressar diversos comentários a respeito disso, enquanto eles assistem suas telenovelas. O interessante é que o meio de transmissão de uma telenovela é analógico, ou seja, os telespectadores recebem a informação, apenas recebem. Eles veem o que vier, não há escola mais complexa que a troca de canal, não há interatividade. O novo público, utilizando meios digitais de informação, como um computador, recebe informação, seleciona a informação, manipula, produz e a compartilha com o mundo. Neste processo, um pouco mais complexo, ele interage, pensa, raciocina, formula e reformula, recondicionando a informação, enquanto os meios analógicos só permitem a recepção da mesma.
Voltando ao ponto crucial: somos movidos a computador ou a informação? Para aqueles que assistirem ao vídeo “Um Dia Feito de Vidro”, perceberão logo que as tecnologias tendem a se unificar, tornarem-se portáteis, os equipamentos de hoje continuam, mas agregando novas funcionalidades. Antes de continuar a leitura, assista ao vídeo.


Observem que os aparatos tecnológicos tomaram novas formas, o computador está embutido em quase tudo, o celular, agrega novas funções, acessa a internet, armazena arquivos de forma mais dinâmica. Hoje a principal reclamação, e motivo de piadas, é o tempo que algumas pessoas ficam na frente do computador. E se em breve as geladeiras tiverem monitores e estiverem conectados à internet? E se podermos acessar o Twitter direto na mesa ou no fogão, enquanto cozinhamos? Agora a culpa é do fogão? Encontramos novos culpados? Ou somos movidos a fogão?
Afinal, somos movidos a computador o a informação?


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quanto é um número divido por zero?

Muitos perguntarão isso para o professor de matemática e ele dirá: "É zero! Qualquer número dividido  por zero sempre será zero." Mas na verdade, o buraco é mais embaixo. Um  número dividido por zero, não é exatamente zero. A resposta correta seria "Tende ao infinito!" Veja o porquê: Pegue um número qualquer é divida ele por 2. Em seguida divida novamente este mesmo número por 1. Note que o resultado será o dobro (por que o divisor é a metade). Agora divida o número escolhido por 0.5. Novamente o resultado será o dobro. Veja o exemplo a seguir na imagem: Analizando a imagem, você pode perceber que quanto menor (mais próximo de zero) o divisor, maior será o resultado. Então, um número dividido por zero, não poderia ser menor que um número dividido por 1. Logo, um número dividido por zero, tende ao infinito!

Palestra sobre Robótica no Instituto Federal Farroupilha, no Campus de Santo Augusto

En tre os dias 11 e 15 de junho, o Instituto Federal Farroupilha, do campus de Santo Augusto, promoveu a IV Semana Acadêmica do Curso Superior de Licenciatura em Computação. No dia 13, quarta-feira, foram ministradas palestras com o tema: "Robótica na Educação e experiência da Licenciatura em Computação na UNISC". A noite contou como palestrantes, a Professora Mestre Marcia Kniphoff da Cruz, atual  professora do curso de Licenciatura em Computação na UNISC e Saman ta Marques, bolsista do projeto de pesquisa "Contribuição da Tecnologia Computacional para a Assistência Social" , abordando os resultados de uma linha de pesquisa dentro do projeto que é a Robótica Educativa   . Para relatos de experiência em escolas, estiveram presentes  os professores Michel Girotto Brum, professor de Informática da Escola de Ensino Médio Anchieta, de Vera Cruz e Thiago Rebelatto,  professor  de robótica do Colégio Marista São Luiz, de Santa Cruz do Su...

Dizer "Não", não basta!

Nota: Antes de mais nada, esta é uma postagem sobre algo que aconteceu há algum tempo e está agendada para entrar hoje, para preservar as pessoas e a instituição envolvidos (menos eu, pois aconteceu comigo. No laboratório de informática, durante uma aula com uma turma de 3º ano do fundamental, após todos entrarem e escolherem seus computadores, ao ver o último menino a ficar sem um computador, o estudante "F", eu pedi que se sentasse com o estudante "G", no meu notebook. Carrego sempre comigo meu laptop, pois preciso de meus arquivos de aula e algumas vezes o número de alunos excede o número de máquinas disponíveis, exatamente como neste caso. Alguns segundos depois, o estudante "F" voltou relatando que o estudante "G" disse que não dividiria o computador. O primeiro impulso foi pedir ao estudante "F" que se sentasse com outro colega, mas me soou um tanto deseducado negar-se a dividir um computador quando a maioria estava senta...